26 de out. de 2010

Sublime.

Quero chorar
o choro forte semiamargo pela morte de muitos,
pelo apelo desesperado de tantos para tão poucos.

Quero gritar
um grito audível para milhões, calando os tolos,
emudecendo os medíocres e acordando os capazes.

Quero sonhar
um sonho doce, como manhã de toda primavera,
como a alegria das mãos de mães e pais que acalentam
e do beijo único dos avós.

Quero sorrir
um sorriso único, que preenche, expande,
gerando ecos intermináveis de alegria e gargalhadas sem fim.

Quero pedir
um pouco mais de compaixão pra todos, compaixão sincera,
apolítica, profunda e de resultados. Compaixão abrangente,
lampejo do dom mais sublime, prenúncio de amor pleno,
desfecho de amor total.